segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Dica Finesse do Dia - Mesa & Restaurantes


Mais alguns trechos de um livro de Danuza Leão:

Entrando num restaurante, o homem toma a frente, para falar com o maitre, escolher mesa etc. Também deve esperar a mulher se sentar e só depois se acomodar.

Sentados, que nenhum fique olhando em volta, como se procurasse alguma coisa. Dê toda a atenção à pessoa que está a seu lado. Faça com que ela se sinta especial, única. A não ser que você seja colunista social, e a trabalho.

Mesmo sem fome, peça alguma coisa, não deixe o outro comer sozinho.

Cuidado com os cotovelos. Só os apóie na mesa quando não estiver comendo.

Tomando sopa, o silêncio deve ser total. Que se possa ouvir o ruído do voo de uma mosca. Se a sopa vier num bowl (taça, xícara grande com asas), no final, você pode levá-la diretamente aos lábios, sem a ajuda da colher. Cuidado para não deixar a colher dentro da taça, é horrível.

Não se balance na cadeira.

Não tamborile na mesa com os dedos.

Mesmo que você adore comer, não se atire no prato como se estivesse saindo de uma greve de fome. Se você for mesmo um Pantagruel, coma uma coisinha antes de sair de casa. A não ser, claro, se for um jantar tipo Confraria dos Gastrônomos. Nesse caso, fique 72 horas sem comer, esperando o dia do jantar.

Será que é preciso dizer?

Não encha demais a boca.

Não mastigue de boca aberta.

Não fale de boca cheia. Mas aprenda a falar com alguma coisa na boca - desde que pouca. Ninguém vai ficar esperando que você mastigue, engula, e só então volte a falar. Treine em casa diante do espelho.

Nunca aponte para nada com o dedo - só para as estrelas.

Não gesticule nem converse com alguém do outro lado do restaurante. Peça licença e vá lá, se for o caso.

Não coma nada com as mãos, a não ser alcachofras e aspargos (mas quando os aspargos vêm como acompanhamento de uma carne, tudo de garfo e faca). Mas pode e deve, em nome do prazer, atacar uma asa de frango, ou a batata frita que passou diante de seus olhos - é irresistível. Em churrascarias, vale uma costelinha.

Lagostas, caranguejos nunca devem vir inteiros para a mesa. Só na beira da praia, com uma tabuinha e um martelo. Em Fortaleza, de preferência.

Se o seu garfo caiu no chão, que pena. Mas não se preocupe nem se abaixe para apanhar. Chame o garçom e peça outro.

Quando você perceber que um caroço de azeitona ou uma espinha de peixe foram parar dentro de sua boca, fique frio. Passe discretamente para o prato, fazendo escala no garfo. Se você sentir que vai sufocar, não hesite, grite por uma ambulância.

Ao levar uma porção à boca, que isso aconteça em cima do prato. Se por infelicidade alguma coisa escorregar do garfo, não cairá no seu colo nem no chão.

Pão, ovos e saladas têm horror a facas. Por isso, nada de folhas de alface inteiras, o melhor é que já venham rasgadas (com as mãos - e mãos muito limpas).

Quando for beber durante o jantar, passe o guardanapo levemente nos lábios antes de matar a sede.

Palitos. Não devia nem falar, mas vou. Nem pensar, mas nem pensar mesmo. Só escondida, trancada no banheiro, luz apagada.

Se estiver resfriada, não se esqueça de ter um lenço de prontidão. Não use, nunca, o guardanapo como lenço. Se tossir, mão na frente da boca. Se está assim tão mal, por que não ficar em casa lendo um bom livro?

Quando se levantar da mesa, nunca dobre o guardanapo. Que fique bem claro que ele não poderá ser usado novamente se não for lavado e passado.

O macarrão. Espete uma porção com a ponta do garfo, encoste-a verticalmente no prato, enrole. (Entendeu alguma coisa?) Observe os que sabem, quando estão fazendo alguma coisa que você não sabe. Ah, o macarrão: nunca ajude com a colher.

Quando for beber, ou comer um pedacinho de pão, descanse os talheres.

Terminou, garfo e faca no prato, paralelos - cruzar, jamais.

Antes da sobremesa, tudo o que diz respeito aos pratos de sal deve ser removido. Mostarda, azeite, vinagre e cia.

Não empurre o prato depois que terminar, é horroroso.

Uma pessoa realmente elegante nunca se irrita se a mesa que lhe deram no restaurante não é a mais bem situada. (Claro, o lugar em que estiver sentada passa a ser automaticamente o melhor.) Também não exige tratamento especial do maitre. E trata tão bem os garçons quanto o gerente do banco. E outra coisa: fala com os garçons olhando para eles nos olhos. Garçom é gente.

Mesmo que você tenha um compromisso depois do seu almoço ou jantar, não fique olhando para o relógio, em agonia. Dá a impressão de que você está louco para ir embora. Mesmo que esteja, disfarce.

Fale baixo. Em sua casa, na casa dos outros, em lugares públicos. É incrível o ruído que se ouve quando se entra em alguns restaurantes, sobretudo os não acarpetados.

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